sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Metacognição

O percurso desta graduação me ensinou muito, mas posso destacar uma como sendo a primordial: a METACOGNIÇÃO, da qual se originaram todas as outras aprendizagens. No início achava que a metacognição era prender a aprender, mas depois de 9 semestres de curso, sendo sempre instigada a repensar minhas aprendizagens e refletir sobre elas, evidenciando argumentos contundentes me dei conta de que a metacognição é muito mais...
São os conhecimentos que temos e usamos enquanto resolvemos uma tarefa, é conhecer as minhas capacidades e limitações com o objetivo de sempre melhorar meus resultados no processo de aprendizagem.
Com o curso, principalmente as interdisciplinas do Seminário Integrador (as 9 edições, hehehe) aprendi a ser consciente de minhas capacidades, analisar e avaliar como se conhece e como se aprende.
Outro aspecto que considero muito importante é o fato de que durante todo o curso termos tido poucas interdisciplinas referentes à Educação Infantil, pois o curso habilita também para essa área. Senti mais a falta desses estudos durante o estágio curricular e durante a elaboração do TCC, pois realizei ambos nesta área e senti na pele a falta de mais embasamento. Deixo aqui registrado um imenso agradecimento à professora Gládis Kaercher, que deu todo o suporte, apoio e encorajamento necessário para superar e “sobreviver” a esses períodos!
Reavaliando minha postura e dedicação, dois aspectos que deixei a desejar muito durante o curso todo foram a pontualidade com as postagens do Portfólio de Aprendizagens e a participação dos fóruns feitos durante o curso. Agora no final do curso sei perfeitamente da importância da construção do portfólio, pois sem ele seria muito difícil construir as reflexões propostas no Eixo IX. Mas não fui organizada e madura o suficiente para ser pontual e comprometida com minhas atividades. Já sobre os fóruns, participei de todos os lançados no curso, mas fiz por obrigação, pois não fazia com prazer e com a dedicação necessária, pois era muito maçante para eu ler páginas e páginas de relatos das colegas. Agora sei o quanto deixei de aprender e de ler coisas interessantes e enriquecedoras. Mas se aprende com os erros, e muito!
“ENSINAR É UM EXERCÍCIO DE IMORTALIDADE. DE ALGUMA FORMA CONTINUAMOS A VIVER NAQUELES CUJOS OLHOS APRENDERAM A VER O MUNDO PELA MAGIA DA NOSSA PALAVRA. O PROFESSOR, ASSIM NÃO MORRE JAMIAS.”

Rubem Alves

TCC: Banca de defesa

TCC: BANCA DE DEFESA
Depois de muito estudo, leituras, cansaço e noites em claro chegou o grande dia: a banca de defesa do TCC!
No início esta situação me deixou bastante angustiada e muito nervosa (com borboletas na barriga!), mas ao chegarem os dias 08 e 09 de dezembro tudo deu certo e se resolveu bem! A apresentação foi clara (não posso dizer que foi tranquila...), e fiquei muito satisfeita e feliz com os comentários, elogios do professor Crediné e principalmente com o fato de eu não precisar reformular nada do trabalho!
A banca foi bastante similar com as que realizamos durante os semestres anteriores, apesar da cobrança e do teor do que estava sendo apresentado serem bem distintos dos semestres passados, e foi um momento de expor toda a pesquisa realizada, do trabalho desenvolvido em todos os aspectos. Foi muito gratificante poder expor às demais colegas os frutos do meu trabalho.

Aprendendo com o TCC...

Durante a pesquisa realizada obtive muitos conhecimentos novos que me aperfeiçoaram e me enriqueceram como pessoa e como profissional, pois a partir do que pesquisei posso embasar melhor minha prática docente e também compreender melhor as situações que ocorrem durante o processo de adaptação de bebês à Escola Infantil.
Como foi apresentada na pesquisa, a adaptação ocorre pela união dos sentimentos e percepções da escola, da família e das crianças, pois a criança se adaptará à escola no momento em que todos tenham consciência de sua participação e implicação neste processo, conseguindo dialogar e vivenciar sobre todos os aspectos envolvidos.
Os primeiros dias da adaptação são, sem dúvida, os mais estressantes para o bebê, e mais dolorosos para a mãe. A mãe sente a dor da separação enquanto a criança se depara com um ambiente novo com pessoas desconhecidas e uma rotina bem diferente da que tem em casa. Essas situações são muito estressantes, pois exigem muito da criança, tanto social, quanto psicologicamente.
Para concluir é fundamental ter em mente que a adaptação de bebês à Educação Infantil é um processo complexo e único, pois varia de criança para criança, sendo que cada bebê possui suas particularidades e seu ritmo. É importante considerar a individualidade de cada criança, consciente de que a adaptação depende do estabelecimento de vínculos afetivos e isto depende de como se dá o processo de identificação e consciência de si e do outro.
Enfim, para tornar o ingresso do bebê na escola menos estressante, algumas atitudes simples facilitam esse processo: aumento gradativo no número de horas que o bebê fica na escola ao longo da primeira e segunda semanas, iniciar a adaptação de no máximo quatro crianças por semana, evitando que todas ingressem no primeiro dia, para se ter um contato mais individualizado com cada criança e assim iniciar a construção de vínculos afetivos. Permitir a presença de um familiar durante a adaptação e também nas primeiras refeições auxiliam o bebê na familiarização com o novo ambiente e rotina e fazem com que os pais se sintam seguros e confiantes quanto aos cuidados dispensados. Essa segurança é sentida e refletida na adaptação do bebê que a transfere para o ambiente e as pessoas que o cercam.

Semestre 9

Após a difícil caminhada do estágio, iniciou-se um percurso mais teórico a ser percorrido: a elaboração do TCC. As inquietações surgidas durante o estágio ganharam concretude e a partir delas fui delinenado minhas pesquisas e dando forma ao meu trabalho. No decorrer do estágio as adaptações dos bebês foram muitas e algumas muito desgastantes tanto para mim, quanto para a criança e para a família. Com isso me senti instigada a pesquisar sobre como se dá o processo de separação entre mãe e bebê no período de adaptação à Educação Infantil (o título do trabalho é ADAPTAÇÃO DE BEBÊS À ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: IMPLICAÇÕES NA SEPARAÇÃO ENTRE MÃE E BEBÊ). Realizei pesquisas bibliográficas e também entrevistas com as mães do meus dez alunos e a partir das minhas observações, prática pedagógica, pesquisas e dados coletados fui tecendo minhas idéias e argumentos e elaborando meu trabalho.
Após 3 meses de muito esforço e dedicação consegui fazer um bom trabalho, contemplando plenamente minha questão de investigação e os objetivos propostos. Durante a elaboração do trabalho obtive várias aprendizagens relativas ao período de adaptação e também sobre o forte vínculo que existe entre a mãe e seu bebê (que me serão muito úteis, pois ainda não sou mãe!)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Semestre 8


O semestre foi marcado por uma rica experiência: o estágio. Mesmo com alguns anos de experiência, aprendi muito, e aprenderei sempre. O trabalho com bebês é muito gratificante, pois vemos frutos de nosso trabalho e dedicação a todo instante, seja no desenvolvimento das crianças ou nas suas aprendizagens.
Durante o estágio aprendi muito com as dicas e idéias que a professora Gládis, a Rossana e a Sibicca me deram, a respeito de melhor organização e aproveitamento dos espaços da sala, sugestões, críticas e comentários das atividades a serem (que foram) desenvolvidas... Também à respeito da organização do tempo e da rotina diária da turma que foram norteando e abrindo novos caminhos nesta caminhada percorrida. Um aspecto super relevante que inovei na minha prática e fui exigida e incentivada a usá-la durante o estágio foi a inclusão do uso de tecnologias na Educação Infantil, mais precisamente no Berçário. Foi uma experiência bem diferente, que no início me assustou bastante, mas que aprendi a “dominá-la” e aproveitá-la em meu dia-a-dia, dando suporte às atividades que planejava e desenvolvia com as crianças.
Neste período vivi muitas sensações, sentimentos, me deparei com inúmeros desafios e inquietações, mas com a orientação constante construí muitas aprendizagens e me interei de algumas novidades, que me fizeram crescer, amadurecer e ser melhor do que eu era na minha escola, dentro da sala de aula e também como pessoa.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Semestre 7


No sétimo semestre a interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos foi muito elucidativa, pois nunca tive experiência com EJA, e pude conhecer e compreender o “Método Paulo Freire”, aprendendo muito com suas experiências e também aprender a respeitar as diferenças dos educandos e também valorizar os conhecimentos prévios dos alunos partindo destes na atividade educativa, para proporcionar uma aprendizagem com maior valor. Aprendi muito sobre as características dos alunos da EJA, as dificuldades que encontram no cotidiano e na sala de aula e também quais os conceitos relevantes na prática da EJA. A autora Marta Kohl de Oliveira trouxe de uma maneira clara e objetiva muito conhecimento nesta área de educação.
Já em Linguagem e Educação pude refletir muito sobre conceitos de letramento, oralidade e práticas de leitura na escola e no ambiente doméstico.
LIBRAS me proporcionou conhecimentos sobre a história dos surdos, como se dá a educação deste grupo e também aprendi alguns sinais, que faz com quem esteja próxima desta comunidade consiga admirá-los e respeitá-los ainda mais. Uma aprendizagem importantíssima é que aprendi que LIBRAS é uma forma de linguagem e não uma “tradução” do português em sinais.
Em Didática minhas maiores aprendizagens foram a cerca do trabalho com projetos e também sobre planejamento, pois pude aprofundar meus conceitos e opiniões com as teorias estudadas na interdisciplina (Freinet e Montessori). A interdisciplina de Didática e o Seminário Integrador 7 se encontraram em alguns momentos em ambos trabalhamos com projetos de Aprendizagem e também com Arquiteturas Pedagógicas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Semestre 6

Neste semestre prosseguimos com a elaboração dos PAs e também inovamos em um aspecto: avaliamos os PAs construídos pelos outros grupos. Eu avaliei o grupo que construiu o PA sobre o Rio dos Sinos e foi muito bom ver que os componentes do grupo leram a análise feita por mim e responderam, expondo seus pontos de vistas e algumas explicações (justificativas). Avaliar e ser avaliado são situações complexas, pois temos que ser neutros, deixando de lado as amizades. Mas foi uma experiência bem prazerosa e construtiva, pois críticas bem elaboradas e coesas são sempre uma forma de aprendizagem e crescimento.
Na interdisciplina de Questões étnico-raciais na educação foi possível resgatar diferentes culturas e etnias, valorizando e respeitando-as destacando a importância de incluí-las na sociedade. Tendo uma visão mais centrada com o cuidado de trabalhar essas culturas com os alunos valorizando-as e não tratando como se fosse parte do folclore...
Em Psicologia II destaco a aprendizagem que envolve o aprofundamento do conhecimento que tinha sobre o Método Clínico Piagetiano e a incrível experiência de testar uma criança, analisar e verificar em qual estádio ela se encontra. E também estudar com profundidade como se dá o processo de aprendizagem dos sujeitos (ação sobre o objeto, assimilação e acomodação). Filosofia da educação trabalhou um aspecto que se relaciona com a interdisciplina de Psicologia II: noções de justiça e moralidade, sendo ilustrada pelo filme Clube do Imperador e os trabalhos e debates realizados posteriormente. Também foi discutido na construção da noção de moral e justiça nas crianças e como o professor pode influenciar nessa construção.
O workshop de avaliação trouxe uma novidade, realizamos a síntese baseada no filme ENTRE OS MUROS DA ESCOLA. Foi uma nova situação, mas que foi bem produtiva, pois consegui fazer as relações com as interdisciplinas e também inovei minha apresentação, pois usei um mapa conceitual dentro da mesma.