sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Libras: tradução de vídeos

Na interdisciplina de Libras, mais no final deste semestre, tivemos atividades onde tentávamos traduzir diálogos de pessoas surdas. Mesmo com o auxílio do dicionário e das aulas presenciais com a professora Eleonora não foi fácil. Minhas principais dificuldades foram conhecer os sinais, pois eu não consigui memorizar tudo o que a professora ensinou nas aulas presenciais pois como não utilizo os sinais acabo esquecendo. Também acho o diálogo muito rápido e isso dificulta ainda mais o reconhecimento dos sinais.
Nunca havia tido contato com Libras e achei maravilhoso aprender sobre a história, a cultura e as comunidades surdas, pena que sem o convívio com pessoas surdas os sinais que aprendi vão caindo no esquecimento.

Poster da EJA

A experiência de confeccionar um pôster foi bem bacana, apesar de ser bem trabalhosa para quem faz pela primeira vez.
Para a saída de campo meu grupo utilizou a segunda proposta, que era de entrevistar no mínimo 5 educadores da EJA. Nas respostas coletadas encontramos bastante diversidade: alguns professores bastante motivados e contentes com sua prática, outros insatisfeitos com sua remuneração, outros que confiam e apostam nos seus alunos...
Um ponto onde os entrevistados tinham a mesma opinião foi sobre as características dos alunos da EJA: os entrevistados afirmaram que são adultos com vida familiar e profissional, que o cansaço atrapalha o rendimento nas aulas, que muitas vezes o medo de errar e as lembranças do fracasso escolar travam os alunos, que são alunos com muito conhecimento e histórias de vida bastante ricas e diversificadas que ajudam muito no desenvolvimento das atividades na sala de aula...
Contudo isso, posso afirmar que para o trabalho na Eja ser bem sucedido é fundamental que os professores sejam capacitados e conheçam seus alunos, utilizem suas vivências nas aulas e que acreditem na capacidade deles sempre!

Desenvolvimento da linguagem X Narrativa infantil


Na interdisciplina de Linguagem e Educação foi proposto que analisássemos uma narrativa infantil, baseando-nos num texto de Thaíos Gurgel.
Pedi a uma aluna da escola onde leciono me contar uma história e ela utilizou um livro chamado “Quando me sinto amado”, sendo que ela ainda não conhecia a história e fez sua narração baseando-se nas ilustrações da história.
Ela contou a história com desenvoltura, mas várias vezes fez pausas durante sua fala, para poder pensar sobre as gravuras antes de falar. Em seu relato evidencia-se o sincretismo infantil, que foi citado no vídeo assistido, onde as crianças misturam fatos reais com fatos imaginários, pois Gabriela narrou que o coelhinho e sua irmã estavam dando mamadeira para o bebê, que acabou transferindo para a história suas brincadeiras preferidas (brincar de casinha e mamãe e filhinho). Outro fato marcante é que no final da história Gabriela narrou uma frase usada em outra história: “E viveram felizes para sempre”, demonstrando experiências de contar e ouvir histórias anteriores a esta narrativa (contos de fadas). Sobre isso, Thaís Gurgel afirma: "... Esse processo - que se estende até a idade adulta - começa antes mesmo de a criança conseguir falar. Nesse período, ela já é capaz de entender as histórias contadas pelos adultos e o contato com relatos cotidianos ou contos de fadas, por exemplo, faz com que, aos poucos, adquira um repertório de imagens, nomes e roteiros de ações que utilizará mais tarde.”

Temas Geradores

Paulo Freire propôs uma educação problematizadora, onde o diálogo e os temas geradores se fazem presentes, tornando a educação mais rica, com mais possibilidades de exploração, com maior participação e envolvimento dos alunos além de proporcionar aprendizagens mais significativas para os alunos.
A educação em geral e a educação de jovens e adultos não podem ser desenvolvidas através de cartilhas que não possuem significado algum para os educandos. Paulo Freire mostrou que a proposta que utiliza temas geradores é mais significativa, pois possibilita que os alunos se expressem, utilizem suas vivências, seus saberes próprios e elevem sua autoestima e a valorização dos seus saberes próprios. Dessa forma os alunos sentem-se parte integrante do processo educativo e assim participam mais ativamente do que é proposto. Conforme Paulo Freire: “neste lugar de encontro, não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há homens que, em comunhão, buscam saber mais.”

Debatendo teses sobre PA's

O processo de expor meus argumentos a favor ou contra as teses é muito importante, pois pude refletir sobre o trabalho que desenvolvo com os PA’s e também estou trabalhando meu poder de persuasão, além de poder expor meu ponto de vista. Ler a revisão das colegas é melhor ainda, pois tenho possibilidade de defender minhas idéias ou repensar meus argumentos, confirmando ou mudando meu modo de pensar além da possibilidade de analisar as teses sob um novo foco.
O debate sobre as teses pode ser conferido aqui:
http://peadsapiranga20092.pbworks.com/17

Conhecer seu aluno é fundamental!

Para desenvolver um bom trabalho é fundamental que o professor conheça seus alunos, e na EJA não é nada diferente. Ao contrário o trabalho da EJA deve ser fundamentado no conhecimento que os professores tem sobre seus alunos para poder criar aulas e atividades que sejam significativas para os alunos e que envolvam a vida cotidiana deles, pois os adultos e jovens possuem uma vida diferenciada das crianças, pois possuem trabalho, família, responsabilidades... Suas vidas são marcadas por muita luta e dificuldades tanto dentro da escola como fora dela: são pessoas que encontram mais dificuldades nos supermercados, para pegar ônibus, para ajudar os filhos nos deveres de casa. Já dentro da sala de aula, o cansaço do trabalho do dia inteiro, a falta de concentração e entendimento, o medo de errar, e atividades didáticas não compatíveis com sua faixa etária, tornam-se obstáculos constantes dos alunos jovens e adultos.
É fundamental que haja sintonia entre aluno – professor –escola. O aluno adulto e jovem precisa se sentir inserido e participativo na escola, senão pode ocorrer a evasão escolar, já que muitos desses alunos já possuem um histórico de fracasso escolar em suas vidas.

Arquiteturas Pedagógicas

Com o final do nosso curso se aproximando vem angústias e problemas a serem enfrentados. Durante a construção da arquitetura pedagógica que construí para nortear o estagio no semestre que vem, senti muita incerteza, pois é muito complicado trabalhar e desenvolver um PA com crianças bem pequenas (da Educação Infantil). Como este ano trabalhei com Berçário 1, é bem provável que me deixem na mesma turma no próximo ano e daí como vou poder desenvolver meu trabalho? Como eles vão criar a questão de investigação? Como expressar e criar as dúvidas e certezas? Como coletar material para as atividades a serem desenvolvidas?
O que me tranqüiliza um pouco é que teremos muita ajuda por parte dos professores e tutores, que com certeza conseguirão nortear com clareza o caminho que deverei seguir...